Pedro Scooby avalia o passado e comenta planos com a paternidade: ‘Meus amigos me dizem para fazer vasectomia’ (2024)

MARIE CLAIRE O que é amor pra você?
PEDRO SCOOBY Amor é vida, dependemos do amor pra viver. Se você já não sentir mais amor no seu coração, você está morto. Ele é o que faz você querer continuar, é por isso que quando você se apaixona por alguém se sente mais livre, mais feliz. Quando se alcança algum feito muito grande na sua vida, acho que é amor também, pelo que você faz.

MC O que um relacionamento amoroso precisa ter pra caber na sua vida?
PS Precisa ter respeito, parceria e sexo [risos].

MC E o que ele não pode ter de jeito nenhum? O que é inadmissível um relacionamento amoroso e que faria você desistir?
PS Falta de respeito. O oposto do que acho que precisa em um relacionamento.

MC Qual foi o seu maior aprendizado vivendo o amor em suas relações?
PS Aprendi que vale a pena. Mesmo que as pessoas enxerguem como se não tivesse dado certo, todas as relações que tive foram aprendizados. Muitas vezes as pessoas no meio do caminho desistem ou se sentem fracas para continuar procurando um amor. E penso que não devemos desistir, entendi isso do que já vivi, é sobre continuar porque vale o esforço, em alguma hora encontraremos. Por mais que em algum momento aquela relação acabe, ela foi eterna enquanto durou, deu certo durante aquele momento.

MC Você falou em uma entrevista que quando conheceu a Luana Piovani era muito menor do que é hoje e que ela te ensinou e deu muita coisa, te ajudou a crescer na vida. Como foi esse casamento e de que forma você enxerga a relação que têm agora?
PS O que eu tenho para falar sobre a Luana? Ela foi uma pessoa importante na minha vida, é a mãe dos meus filhos, tenho um respeito gigante. A gente teve algumas desavenças, alguns problemas, não queria ter chegado nesse momento em que chegamos. Nunca quis processar a Luana, mas a situação complicou quando envolveu meu trabalho, quando a coisa começou a ameaçar meus contratos, que é de onde tiro a minha renda, de onde sustento meus filhos. No fim das contas, na minha cabeça, eu e ela sempre vamos chegar num lugar melhor pelos nossos filhos, porque nós construímos juntos as três coisas mais importantes das nossas vidas.

MC Você teve relacionamentos públicos com mulheres reconhecidamente independentes e de personalidades marcantes. O quanto cresceu com eles?
PS Nos meus últimos três relacionamentos, as pessoas me pegaram em momentos difíceis da vida. Fases diferentes, mas difíceis. Muita gente não sabe, mas durante o começo do meu namoro com a Cíntia [Dicker], era pandemia e eu passei por um problema financeiro. Ela foi muito parceira comigo, me ajudou financeiramente, segurou a minha barra. Então nesses períodos desafiadores, tive a sorte de ter ao meu lado três mulheres incríveis, a Luana, a Larissa [Anitta] e a Cíntia, que me ajudaram e me apoiaram muito, sou agradecido demais. Eu admiro mulheres fortes, minha mãe também é essa força feminina, uma grande presença na minha vida, e elas são assim também, cada uma no seu lugar de fala, com posicionamentos diferentes, e às respeito demais.

MC Como está sendo a experiência de ter um filho adolescente morando com você?
PS Sempre tive uma relação muito incrível com meus filhos. Tive um filho muito novo, com 22 anos, aprendi a lidar de uma forma mais leve, viajo com eles pelo mundo. Nos últimos três anos que morei em Portugal, por exemplo, e também antes, quando morava no Rio de Janeiro, fiquei acostumado a estar muito presente na vida deles. Eu que acordava de manhã, fazia o café, o almoço do Dom, levava e buscava eles na escola, na apresentação, no skate. E mesmo depois que vim morar aqui [no Brasil] de novo, na época da operação da Aurora, fui praticamente todos os meses visitá-los em Portugal. Pode não ser o suficiente, mas tento dar o meu máximo, não só do meu coração, mas também financeiramente, para estar por perto.

MC O que se preocupa em ensinar para os seus filhos homens?
PS Por eles terem sido criados comigo e com a mãe, a forma que enxergam o preconceito já é bem diferente do que a gente vê na sociedade, eles já veem as diferenças e a diversidade com mais naturalidade e normalidade, como deve ser. O que sempre prezo na vida deles é caráter, porque acredito que falta isso em quem é preconceituoso.

MC Você e Cíntia viveram um momento muito complicado quando a Aurora nasceu, diferente do que você tinha vivido com os seus outros três filhos. O que isso te ensinou?
PS O momento do nascimento da Aurora foi difícil como um todo. Não só para ela, mas para mim e para a Cíntia também. Minha filha foi fortíssima, o médico disse que ela superou todas as expectativas após a operação, saiu da UTI em tempo recorde. No dia em que a Cíntia foi parir, nós estávamos com muitos amigos dentro do quarto, brincando, pedindo pizza, jogando tranca e ela entrou muito leve para o parto. Sabíamos que seria um ano difícil, mas ela foi com o coração calmo e acho que a Aurora recebeu essa energia boa. Aprendi a ter fé, mesmo quando o mundo está desmoronando, e graças a Deus hoje ela é uma menina sorridente e feliz.

MC Você apoiaria caso seus filhos queiram seguir seus passos no surf? Teria medo caso eles quisessem surfar ondas gigantes em Nazaré, por exemplo?
PS Eu sou um pai babão. Quando vou às apresentações da Liz, fico de queixo caído. Quando vou no futebol do Ben, fico lá gritando igual um louco, o mesmo no skate do Dom. Surf é o esporte que escolhi, que amo, mas vou amar o que eles quiserem fazer também. É maravilhoso ter filhos, sou apaixonado. Meus amigos me dizem para fazer vasectomia, mas ainda não sei sobre isso.

MC Você quer ter mais quantos filhos?
PS O meu sonho é morar numa fazenda e uma fazenda não tem limite de crianças correndo. Mas pode ser que sejam meus netos, né? Com quatro filhos, é provável que eu tenha vários netos. [risos] Vamos ver!